Itália Capri: um pedaço do Paraíso

Itália Capri: um pedaço do Paraíso

Até hoje parece que foi apenas um sonho. Estar em CAPRI, Itália, nos deixa com a sensação de fazer parte de um grande cenário de cinema. Difícil explicar isso. Já estive em muitos lugares bonitos, de incrível beleza natural. O diferencial de Capri é a maneira como enxergamos todo o ambiente — parece uma… uma projeção cinematográfica em 3D, um ambiente virtual do qual você faz parte.

Capri foi por muito tempo ocupada por gregos, além disso foi casa dos imperadores Augusto e Tibério, Capri é destino comum a quem visita a Itália. A seguir, você verá dezenas fotos e algumas dicas para que a sua visita ao lugar seja ainda mais inesquecível. E, caso não pense em ir para lá, ao menos saberá um pouco o que turistas veem. Outros destaques neste post: a importância de roupas adequadas a pessoas mais sensíveis a vento e frio; óculos de sol como item indispensável; o atendimento em restaurantes, que, de tão ruim, chega a ser cômico; o despenhadeiro de onde Tibério empurrava amantes; a famosa Grotta Azzurra, com seu misterioso brilho azul; um inesquecível passeio de barco ao redor da ilha; as impressionantes cores do Mediterrâneo; motoristas de ônibus “malucos” que quase saem voando da ilha; o “espírito” de uma “ninfa marítima” que apareceu em uma de minhas fotos (epa!!! 😉 ).

O caminho até Capri é feito via Nápoles, onde pegamos um ferry. É uma viagem pequena mas muito emocionante, de aproximadamente 5 quilômetros sobre as águas paradisíacas do Mediterrâneo. De repente, lá está nosso destino, erguendo-se diante de nós com imponente beleza. Vemos, por exemplo, os despenhadeiros do Monte Solaro, de 589 metros.

Capri possui apenas 6 quilômetros de comprimento por 3 de largura — um pequeno pedaço de terra habitado por menos de 10 mil pessoas. Na sua mente, habitará para sempre após a visita. (Estou poético? 😛 )

Chegando a Capri, na Marina Grande, descemos do ferry e apreciamos um pouco a parte de baixo da ilha. Aproximadamente 5 mil turistas por dia descem ali durante o verão. O lugar é muito apreciado por famosos e por ricos anônimos, por isso há restaurantes e lojas com preços mais altos que o próprio Monte Solaro (mas não se preocupe, também há restaurantes e lojas bem mais acessíveis).

Um problema é o atendimento [muito] mal-educado em restaurantes. Não acontece em todos, é claro, mas é comum — aliás, em toda a Itália, inclusive em lugares mais finos. Prepare-se para isso, tente não se estressar, ou o seu dia acaba bem na hora do almoço. Vi muitos turistas se irritarem por causa disso.

Com a minha família aconteceu uma cena irritante que, hoje, achamos cômica, de tão inacreditável. O garçom que nos atendeu era MUITO mal-educado. Irritava-se com nossas perguntas sobre a comida e com nossas escolhas, nossas preferências. Resmungava em voz alta e às vezes saía de repente enquanto ainda falávamos. Depois, quando a comida chegou, minha irmã, que havia escolhido massa, pediu um pouco de queijo ralado. O garçom se irritou, porque achava que a comida não precisava de queijo… e pronto, simplesmente não levou o queijo. Minha irmã insistiu e ele se afastou praguejando. Voltou pouco depois com um potinho cheio de queijo… e JOGOU o pote na mesa. E saiu resmungando! 😮

Temos agora ônibus e teleférico para seguir ilha acima em direção às cidades de Capri e Anacapri, com pitorescas paradas para comer e fazer compras em pequenas lojas. Podemos também fazer um passeio de barco ao redor da ilha. ESTE É O GRANDE CHARME DA VISITA — para mim, a parte mais inesquecível do dia. Se você puder escolher (se já não for tudo programado de acordo com excursão), faça esse passeio em primeiro lugar.

Muitos turistas compram pacotes de viagem que não incluem Capri. É comum, então, ser oferecido, lá mesmo na Itália, um pacote extra de um dia com esse destino. Paga-se à vista, em euros (sai mais caro, por isso é melhor, financeiramente, incluir Capri ao comprar seu pacote). Sendo esse o seu caso ou se você viajou por conta própria, sem excursão, fica muito mais fácil escolher o dia da visita. Principalmente devido ao passeio de barco ao redor da ilha, recomendo que evite ao máximo dias chuvosos, porque todo o prazer da visita pode se desfazer em uma grande decepção. Aliás, se o mar estiver revolto os passeios especiais na ilha podem ser cancelados.

A seguir, algumas fotos do passeio de barco. Uma pena as fotos não mostrarem toda a beleza do lugar.

Início do passeio de barco ao redor da ilha. Aqui, minha linda irmã. 😉

Os barcos possuem parte coberta para quem prefere ficar mais protegido — principalmente do vento. E que vento! Dá para ver pela minha camisa… Mas, sem dúvida nenhuma, só aprecia mesmo o passeio quem fica na parte exposta.

Entende agora? Ficar ali dentro é perder 90% da graça da viagem. Ah! No alto, vê-se um falante, pelo qual o condutor fala sobre alguns pontos da ilha. O meu falou em inglês, italiano e espanhol.

Observe a estátua de um garoto sentado na pedra, acenando.

Aqui eles chamam nossa atenção para as cores do Mediterrâneo. Observe a divisão de cores na água… e — como eles dizem — o verde-esmeralda.

Mais um pouco da água. O pior é que… eu consigo enxergar um ROSTO nela! Você também vê? (Buuuuuuuuuuuuuuuuuuu! 😛 ) Curiosamente, isso foi em frente à Grotta Azzurra, que veremos daqui a pouco. O local está relacionado com a “ninfa das águas”, um espírito ou deusa-espírito. Será que uma ninfa nos observava? 😉

Esta abertura fica bem no alto. Dizem que o imperador Tibério entrava por aí com amantes…

Bem no alto fica o “Palazzo di Tiberio” (ou Villa Jovis). Atrás, o inacreditável (mesmo!) “Salto di Tiberio”, onde Tibério empurrava amantes (homens e mulheres — quanto mais jovens, melhor) de penhascos ao final do jardim, em um “jeito prático” de se livrar deles.

Na “Grotta Azzurra”, a mais famosa da ilha, um misterioso brilho azul encanta os turistas — depende do ângulo de visão. Pelo visto, o efeito é causado pela refração da luz solar pelas laterais da entrada (de 1,3m de altura) em conjunto com o reflexo do fundo de areia branca. Este é o lugar associado a ninfas das águas, que vimos há pouco. Tibério construiu aqui um santuário para as ninfas por volta do ano 30 d.C.

Depois desse passeio, pegamos, finalmente, um ônibus para subir na ilha. Aqui o turista pode enfrentar um problemão: motoristas que pisam fundo no acelerador, fazem curvas sem nenhum cuidado, quase voam com o ônibus para fora da ilha. O motorista do meu ônibus era assim. Não sei como consegui tirar bonitas fotos no meio do caminho. Em um momento, cheguei a falar alto: “Vai bater!”. Passamos por casas sem calçada, já com janela e porta na rua. O retrovisor esquerdo do ônibus quase arrancava janelas, vasos, pedaços de parede! Eu não me conformo por não ter ido lá na frente do ônibus para brigar e EXIGIR calma do motorista. Se você também tiver um psicopata como motorista, não deixe de fazer isso — é direito seu!

Ao menos as imagens vistas no caminho são espetaculares:

Há muito mais para mostrar sobre essa visita, mas fica para um outro post. Agora, vamos para a volta a Nápoles. É o fim do passeio… que ainda traz mais surpresas com belas paisagens. Veja abaixo.

Ferry boat usado no retorno a Nápoles. Nesta parte interna, é possível comer e beber. O passeio é muito, muito agradável. Há grandes janelas para ver lá fora.

Parte de cima do barco — área coberta, ótima para dias chuvosos. O teto é transparente, o que ajuda a apreciar até o céu. O vento é fortíssimo e é praticamente impossível ficar sem óculos de sol. Aliás, NÃO DEIXE DE LEVAR ÓCULOS DE SOL AO VISITAR CAPRI.

Pássaros acompanham o barco o tempo todo, dando um festival à parte a essa viagem. (Breve, aqui no TOTH, mostrarei isso durante cruzeiro pelas ilhas gregas. Pássaros até vão comer nas mãos de turistas e viram atração extra!)

Uma bonita imagem na despedida a Capri, com o sol do final do dia iluminando um caminho no mar…